As estradas que ligam o Município de Figueirão aos grandes centros se encontram intransitável. A população de cerca de cinco mil habitantes está isolada. O único ônibus que transporta os moradores e encomendas parou de fazer a linha. A Empresa Cruzeiro do Sul, responsável pela concessão, deixou os moradores do município e do Distrito de Pontinha do Coxo revoltados. Segundo a vereadora Marizeth Venâncio de Oliveira (PTB), o caos está instalado no município: “estamos isolados, as estradas estão péssimas”. 

O Distrito de Pontinha do Coxo tem uma população de cerca de 600 habitantes. Fica distante de Figueirão 50 km ao longo da rodovia MS 436. Os moradores dependem do ônibus para se locomoverem até Camapuã ou vice versa.

A principal rodovia, a MS 436, que liga o município a cidade de Camapuã numa distância de 120 km, ficou intrasitável com as últimas chuvas. Marizeth afirmou que veículos pequenos ainda conseguem passar pela estrada, mas o ônibus não, quase sempre quebra durante a viagem.

Outro que está revoltado com as condições das estradas é o vereador-presidente da Câmara Municipal, Antonio Azevedo Nabhan, (PR). Ele não concorda com a decisão do governador André Puccinelli (PMDB), que assinou a ordem de serviços para o inicio da construção do asfalto na rodovia MS que liga Figueirão ao município de Alcinópolis deixando a MS 436. “Isso e um absurdo”- disse.

O parlamentar disse ao Hora da Notícia que o sofrimento de quem enfrenta a estrada é grande. “A viagem chega durar sete horas em veículo pequeno para andar 120 km. Aqui o comercio já começa a ficar desabastecido por não ter como chegar as mercadorias e as encomendas que são transportadas pelo ônibus”- afirmou. Segundo ele, as pontes ao longo da estrada estão danificadas e uma apresenta perigo de desabar a qualquer momento.

O vereador tenta junto á empresa de ônibus restabelecer o transporte, mas a empresa alega que está tendo prejuízos e por isso reluta em reativar a linha: “eles precisam voltar a circular, esse é o único meio de transporte da população para os grandes centros”. Ele alega que a linha e rentável: “se não tem passageiros, tem o frete das encomendas”.

A ligação de Figueirão com o município de Costa Rica, distante 70 km, também está prejudica. A Rodovia MS 223 se encontra em péssimas condições. De acordo com Nabhan, outra rodovia vem trazendo transtornos aos fazendeiros da região, é a MS 326 que liga a Camapuã passando por propriedades rurais: “acabou e está deixando os fazendeiros isolados”- concluiu.

Hora da Notícia