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Economia
27/05/2010 - 18:37
Os funcionários passarão a receber piso salarial que varia de R$ 527 a R$ 555, dependendo da função
Foto: Divulgação
Christiane Reis

Representadas pelo Sindivest/MS (Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Vestuário, Tecelagem e Fiação de Mato Grosso do Sul), Sindivesc (Sindicato das Indústrias do Vestuário de Corumbá) e Sindivestil (Sindicato das Indústrias dos Vestuário, Tecelagem e Fiação de Três Lagoas), as indústrias de confecção, fiação e tecelagem acertaram o novo salário para os funcionários do segmento que passou a valer a partir de 1º de maio deste ano e já será pago no 5º dia útil do mês de junho.

Segundo vice-presidente do Sindivest/MS, Antonio Breschigliari Filho, a convenção coletiva foi definida em reunião realizada na segunda-feira passada (24/05). O novo salário da categoria será de R$ 527,00 para auxiliar de costura, administração, estoquista, conferente, auxiliar de expedição, auxiliar de tecelagem ajudante de contramestre, auxiliar de fiação, serviços gerais e afins, enquanto para costureira, cortadeira, modelista, serigrafista, tecelão, contramestre, operador de fiação, expedição, mecânico de maquinas e afins o salário será de R$ 555,00.

Também ficou acertado junto à FTI/MS (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul) e ao Sintvest (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Campo Grande) que será concebido para a categoria trabalhadora reajuste de 6%. Referente às cláusulas sociais será mantido as da convenção coletiva anterior, exceto quanto à data base que fica alterada para 1º de janeiro. "A convenção coletiva será registrada no Ministério do Trabalho e Emprego e, após esse procedimento, encaminhada às partes", informou Antonio Breschigliari, lembrando que o acerto foi durante a 3ª rodada de negociação.

Evolução

Segundo o presidente do Sindivest/MS, José Francisco Veloso Ribeiro, o acerto quanto ao novo salário dos funcionários das indústrias de confecção, fiação e tecelagem é mais uma etapa do fortalecimento desse segmento industrial em Mato Grosso do Sul. "Essa evolução pode ser constatada pelo interesse de mais seis grandes indústrias em se instalarem no Estado e que juntas vão gerar mais 1,8 mil empregos diretos", informou, destacando que as ações dos sindicatos laborais em parceria com o Sistema Fiems contribuem para esse crescimento.

Hoje, conforme o presidente José Francisco Veloso Ribeiro, são 490 empresas, responsáveis pela geração de quase 12 mil empregos diretos e, diante do cenário positivo, a expectativa é de crescimento de 20% na produção para este ano. "Tivemos importantes conquistas em 2009, provocadas pela atuação do Sistema Fiems, do próprio Sindicato e do Governo no sentido de atrair novos empreendimentos para o Estado. É importante destacar que conseguimos sensibilizar o governador André Puccinelli para que entendesse o papel estratégico do setor na geração de emprego, o que não significa apenas faturamento, mas melhoria da qualidade de vida a população", analisou.

Ele destaca que nesse sentido foi fundamental a manutenção do incentivo fiscal para a indústria até 2021, o que fez com que aumentasse o interesse de industriais em implantarem novas empresas no Estado. "Já temos algumas empresas com processo em andamento para que implantem aqui suas fábricas, motivadas pelos incentivos fiscais que tornam a indústria mais competitiva e os benefícios disso serão sentidos em todo o Estado", afirmou, referindo-se à assinatura do Decreto n° 12.774, que mantém a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em zero até 2010, aumentando para 0,6% (desconto de 95%) em 2011 e para 1,2% (desconto de 90%) a partir de 2015.

Christiane Reis

    
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