O presidente da Câmara de Alcinópolis, vereador Carlos Antônio Costa Carneiro, acionou a assessoria jurídica da Casa de Leis para estudar providências sobre o uso de carro oficial pelo prefeito Manoel Nunes (PR) para comparecer a um ato político em Campo Grande. Ele afirma que Nunes deve explicações à população da cidade. Conforme o vereador, o assunto será debatido na primeira sessão plenária após o recesso, na próxima segunda-feira, 2 de agosto. “Até as pessoas mais simples sabem que é proibido usar carros oficiais em evento partidário”, disse.
O parlamentar, que viu as fotos publicadas pela imprensa, suspeita que além da caminhonete em destaque uma outra, de cor preta, que aparece ao fundo da imagem, também seja de propriedade da prefeitura. "Ainda não verifiquei, mas se for uma com placas de final 22, provavelmente é daqui da prefeitura também", disse.
Carlos Carneiro afirma que a cidade enfrenta dificuldades com o transporte de pacientes, o que torna a atitude do prefeito de se deslocar para evento político com carro oficial ainda mais ofensiva à população.
Outro lado
Manoel Nunes, que continuava em Campo Grande quando falou com a reportagem, admitiu ter usado o veículo oficial no deslocamento até a Chácara Toca da Onça, do deputado Paulo Corrêa, no dia da reunião com cabos eleitorais, mas nega que seu objetivo tenha sido participar de ato político.
Ele alega que veio a Campo Grande falar com o deputado Paulo Corrêa sobre assuntos de interesse do município, portanto, agenda sem nenhuma relação com campanha eleitoral. O parlamentar o estaria ajudando a viabilizar recursos públicos para recapeamento de vias de Alcinópolis.
“Paulo Corrêa é meu deputado. Vim tratar de assuntos relacionados ao município”, assegura. O veículo da prefeitura foi fotografado no local do evento no momento do ato político, situação que o prefeito definiu como coincidência. Ele teria se deslocado até o local sem qualquer intenção de participar de campanha, mas apenas de falar com o parlamentar sobre as obras.
Sobre os comes e bebes, Manoel informa ter conversado com o deputado no escritório dele, sem tomar conhecimento se havia ou não almoço no local.
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