Deputados estaduais do PT se manifestaram hoje na Assembleia Legislativa contra a postura do governador André Puccinelli (PMDB), candidato à reeleição, neste período eleitoral. Os petistas acusaram Puccinelli de compra de votos, perseguição eleitoral e de constranger servidores públicos a apoiarem candidatos de sua coligação. A acusação de compra de votos partiu do deputado estadual Paulo Duarte (PT) em análise à declaração dada pelo governador em Corumbá (terra natal do petista) quando ele prometeu ampliar o número de beneficiários do programa Vale Renda caso candidato a deputado estadual, Oséas Ohara, que ele apoia no município, se eleja. “Eu quero continuar com o Vale Renda, que tem 2500 famílias cadastradas. Mas... Se... Se o Oséas se eleger, e depende de vocês, esse número pode dobrar”, condicionou durante discurso gravado em vídeo divulgado pelo Midiamax. Veja abaixo.
O deputado Duarte se indignou. “Se isso não é uma compra de votos, não sei mais o que é”, disse. O parlamentar afirma que tem sido perseguido eleitoralmente pelo governador. “Ele me chama de Paulo do Mal e pede às pessoas para não votarem em mim”, relatou.
Duarte diz ainda que tem sido vigiado em sua campanha eleitoral. “Às vezes tem carros que ficam parados em frente ao nosso comitê vigiando (...) Qualquer coisa que venha a me acontecer eu responsabilizo o governador do Estado”, acusa.
Outro petista que também afirmou conhecer indícios de irregularidades praticadas pelo grupo do governador nesta campanha foi Pedro Kemp. Segundo ele, há um e-mail sendo distribuído a servidores da área da Educação que convocam servidores para reuniões políticas de candidatos ligados a Puccinelli. Kemp revelou que está juntando o material encaminhado para detalhar o assunto com mais subsídio. Outro lado Líder do governo na Assembleia, o deputado estadual Youssif Domingos (PMDB) disse que “não havia nada demais” no fato de o governador prometer a ampliação do programa Vale Renda, visto que tal meta já consta do programa de governo dele. Sobre o fato de Puccinelli ter condicionado a eleição de um aliado ao aumento no número de beneficiários, Youssif descartou atitude eleitoreira. “Aquilo foi força de expressão. Ampliar o programa social está no seu programa de governo”, repete.
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