O trabalho ainda está no começo e, até por isso, o técnico Mano Menezes quis usar o amistoso contra os Estados Unidos, na última terça-feira, para conhecer melhor os atletas convocados. Com a vitória praticamente assegurada, o treinador realizou seis substituições (sendo uma delas por motivo de contusão) e aprovou o desempenho dos atletas que ganharam uma chance de entrar no time. A seleção brasileira começou a partida com Victor, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz, André Santos, Lucas, Ramires, Paulo Henrique Ganso, Robinho, Neymar e Alexandre Pato. Entraram durante a partida Diego Tardelli, Hernanes, Carlos Eduardo, André e Jucilei. Ederson participou por apenas alguns minutos, já que se contundiu no seu primeiro lance do jogo.
“Essa é a base do início do trabalho e a sequência é que vai mostrar o quanto vamos manter ou o que precisamos repensar. Apesar de ter sido positivo, um jogo é muito pouco, então você não exclui ninguém. A confiança é grande nesse grupo inicial e espero que eles confiem naquilo que temos a expectativa”, comentou o treinador da seleção.
A utilização do máximo de jogadores possível auxiliou Mano Menezes, ainda mais pelo fato de o treinador ter realizado apenas dois treinamentos da equipe, sendo que, em nenhum dos dias, houve um coletivo.
“O que vimos em campo não foi em função dos treinamentos que fizemos, certamente. A maior parte foi em função da qualidade individual dos jogadores, mostrada principalmente no posicionamento. Se fossemos bem organizados, teríamos a oportunidade de mostrar aquilo que os jogadores têm”, destacou Mano.
O principal ponto positivo da seleção que disputou a Copa do Mundo era a defesa. Mano Menezes, no entanto, foi forçado a renovar o setor e apostou em jogadores que, apesar de já terem sido convocados por Dunga (como Victor, Daniel Alves, Thiago Silva e André Santos), ganharam o status de titular nesta nova equipe.
Porém, coube ao novato David Luiz o título de grande surpresa deste primeiro amistoso. Mesmo recebendo o único cartão amarelo, o jogador demonstrou seriedade com a bola nos pés, eficiência na marcação e, com isso, foi decisivo para que a defesa não sofresse gols, mesmo com os Estados Unidos utilizando basicamente a mesma equipe que esteve e chegou até as oitavas de final na última Copa do Mundo.
“Sempre trabalhei com humildade, com os pés no chão, e sempre soube respeitar e ver que tinha jogadores na minha frente. Hoje tive uma oportunidade, e estou muito feliz por estrear com o pé direito diante de uma equipe muito qualificada como é essa dos Estados Unidos, que fez um excelente Mundial”, comemorou o zagueiro estreante.
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