Existem pessoas que tem certeza que 21 de dezembro de 2012, data que marca o fim do calendário maia (é bom esclarecer que não é o calendário do César Maia), é o dia que marcará o “fim dos tempos”. E existem outros que acham que é o dia do “nascimento de uma nova era”.

Profecia? Verdade? Mito? Bobagem? Quem viver verá!

Mas eu iria mais longe. Ou melhor, mais perto. Diria, ainda que sem nenhum pudor, que o “fim dos tempos” está mais próximo do que pensamos. É logo ali. É dia 3 de outubro de 2010.

Se eu fosse otimista, diria que poderia ser realmente o “nascimento de uma nova era”, mas com o que se apresenta à nossa frente, será, com certeza, o “fim dos tempos”. Para se experimentar realmente essa sensação boa que as palavras “uma nova era” trazem, seria preciso morrer e nascer de novo. E isso não dá tempo de fazer agora.

Com a corrida presidencial me preocupo sim, mas pelo andar da carruagem teremos que dar uma de Zagalo e engolir a Dilma Rousseff, que aliás tem treze letras. Que vai doer, isso vai.

Minha maior preocupação, e não vejo isso estampado na cara de quase ninguém, é com relação aos candidatos que temos para a Câmara dos Deputados e para o Senado, que são justamente aquelas pessoas que supostamente estarão nos representando e lutando por nossos interesses e bem-estar. Esses sim me preocupam. Será que ninguém mais se deu conta da seleção que temos? Netinho, Tiririca, Mulher Melão, Mulher Pera, Cameron Brasil (atriz pornô), Andréia Schwartz (prostituta e cafetina nos EUA), Maguila, Elimar Santos, Vampeta, Romário, Marcelinho Carioca, Eurico Miranda, Tati Quebra Barraco, Ronaldo Ésper, Túlio Maravilha, Kiko do KLB entre outros “famosos”. Fora os já velhos conhecidos como Antônio Palocci, José Genoíno, Garotinho e outras dezenas de candidatos desta mesma linhagem. A lista é grande. Interminável e assustadora.

Mais assustador ainda é que a solução, de tão simples, chega a passar até despercebida por muitos. Está ao alcance de qualquer cidadão brasileiro. Basta apertar o botão certo. E, o principal, basta querer. É nessa hora que me pergunto o que as pessoas realmente querem e estão dispostas a fazer para mudar o Brasil? Não basta somente balançar a cabeça negativamente e ficar chocado ao se deparar com um escândalo envolvendo aquele seu candidato que, por sinal, é o mesmo que alguns anos e mandatos atrás já esteve envolvido em outros escândalos, corrupção, etc e tal. É no etc e tal que está a solução. É preciso ter memória.

É justamente na falta dela que muitos se reelegem. E muitos dizem isso abertamente, como Sérgio Moraes, o deputado que se lixa para a opinião pública, que disse na ocasião em que defendia o então deputado Edmar Moreira, o dono daquele castelo estilo Ilha de Caras, que a imprensa bate e mesmo assim eles todos se reelegem.

Eu pergunto até quando vamos ter que dar razão a essas pessoas? O que é preciso acontecer para despertar algum sentimento mais patriótico nas pessoas? Na Copa do Mundo tudo é lindo, é pra frente Brasil, 192 milhões em ação. Mas e dai?

Às vezes parece que esse amor dedicado ao país é limitado e delimitado em épocas. Esse amor tem que começar na hora de escolher quem irá nos governar, quem irá nos representar no Congresso e no Senado.

Temos quase tudo para sermos um país maravilhoso para se morar, onde não há terremotos, maremotos, ataques terroristas, vulcões, furacões. Nosso país é lindo e nosso povo hospitaleiro. Temos florestas, água e riquezas minerais. O clima perfeito. Praia, futebol, carnaval.

Faltam somente eleitores de coragem e políticos de verdade.

Salvem as baleias. Não jogue lixo no chão. Não fume em ambiente fechado.