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Política |
01/10/2010 - 21:41 |
Decisão judicial censura notícia contra empreiteira acusada de agir em esquema de corrupção |
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Midiamax |
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Por determinação do desembargador do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) Carlos Eduardo Contar, o Midiamax tirou do ar notícia de uma das principais empreiteiras que presta serviços ao governo estadual e prefeituras do Estado. O material respingava no governador André Puccinelli, do PMDB e no ex-secretário de Obras, Edson Girotto.
O magistrado proibiu a notícia atendendo solicitação do advogado Carlos Marques, defensor do prefeito afastado de Dourados, Ari Artuzi, preso por corrupção no início deste mês e não a pedido do MPE (Ministério Público Estadual), como informado antes.
O dono da empresa em questão foi preso no dia 1º deste mês junto com o prefeito, o vice-prefeito e nove dos 12 vereadores da cidade Dourados.
O empresário, segundo inquérito produzido pela Polícia Federal e denúncia preparada pelo MPE, acatada pelo TJ-MS, pagava propina aos políticos de Dourados e, em troca, vencia licitações tidas até agora como fraudulentas.
O desembargador censurou a reportagem porque o processo que investiga o esquema envolvendo o empreiteiro corre em segredo de Justiça. O Midiamax teve acesso a trechos dos diálogos que sustentaram a denúncia durante o tempo que o sigilo do processo foi quebrado pela juíza de Dourados, Dileta Terezinha.
O mesmo juiz Contar derrubou a liminar da magistrada e voltou a tornar os dados da investigação sigilosos.
Dados do processo blindado por segredo judicial em questão têm sido divulgado em reportagens de outros sites de Campo Grande desde o início desta semana, contudo, a decisão do desembargador só alcançou o Midiamax.
Ao menos 60 pessoas foram denunciadas por participação na trama das fraudes. De acordo com a PF, o prefeito afastado de Dourados, Ari Artuzi, preso há um mês, seria o chefe da organização. Ainda segundo a PF, a quadrilha arrecadava ao menos meio milhão por mês.
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