Droga passaria por São Paulo antes de embarcar para a Europa Um peruano foi preso com 2,3 kg da chamada cocaína preta pela Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai, na cidade de Marechal Estigarribia. O suspeito, que tem 23 anos, estava em um ônibus que faria o trajeto de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, a Assunção, capital paraguaia. A droga, escondida em um fundo falso de uma mala, passaria por São Paulo antes de seguir para a Europa.
Rara no mercado brasileiro, a cocaína preta é manipulada para não ser percebida. O processo de refino deixa o entorpecente sem cheiro e possibilita enganar cães farejadores. Essa cocaína é submetida a processos que resultam na cor escura e a deixam inodora. A droga fica parecida com uma estrutura de borracha, capaz de se confundir com alças e fundos de mochilas e malas, sendo imperceptível em uma inspeção de rotina.
Ao avaliar a apreensão, o delegado José Antônio Dornelles, da Polícia Federal do Rio Grande do Sul, observa que, apesar da dificuldade de encontrá-la visualmente, a droga é flagrada nos testes com reagentes químicos.
Os casos anteriores em território brasileiro são poucos. Em março de 2009, a Polícia Rodoviária Federal do Mato Grosso do Sul achou mais de 16 kg de cocaína preta transportados por uma mulher, na cidade de Miranda. O entorpecente estava camuflado em um bote inflável, levado no bagageiro de um ônibus que saiu de Corumbá com destino a Campo Grande. A cocaína preta se confundia com a borracha do bote e só foi detectada por meio de testes.
Já em fevereiro de 2008, os policiais espanhóis apreenderam 16,5 kg de cocaína preta em Madri. A droga seria enviada para o Brasil por meio de duas romenas. |