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Política
11/01/2011 - 06:20
Dinheiro seria a motivação da briga pelo comando do PP
Midiamax

A “novela” da presidência do Partido Progressista (PP) em Mato Grosso do Sul parece estar longe de terminar. De um lado a executiva estadual afirma que o ex-deputado federal Antonio Cruz está destituído da presidência do PP, já ele garante que a decisão é uma “mentira”.

A grande questão: dinheiro! E de fundo partidário. Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), recursos como esses são provenientes de um fundo especial de assistência aos partidos políticos, formado pelas multas e penalidades eleitorais, recursos financeiros legais, doações espontâneas privadas, dotações orçamentárias públicas, ou seja, um dinheiro público.

R$ 90 mil. Esse é o montante que está em discussão mesmo após três meses de passado o pleito eleitoral. Segundo Francisco Sá, secretário executivo do PP em Mato Grosso do Sul, o dinheiro foi usado somente na campanha de Cruz para deputado federal em 2010.

“Todo o dinheiro do repasse do diretório nacional foi para o ex-deputado, não houve repasse para os outros candidatos e isso é uma das revoltas dos progressistas aqui no Estado”, explicou Sá ao Midiamax.

De acordo com ele, os outros candidatos – a deputado estadual, já que Cruz foi o único candidato a deputado federal – receberam apenas R$ 3 mil reais da coligação “A Força do Povo” do qual faziam parte.

“Eu recebi mesmo dinheiro do diretório nacional, mas veio na minha conta de campanha, cada candidato abre sua conta de campanha, como pessoa jurídica e isso veio só na ‘minha’ conta”, respondeu defendendo-se.

Questionado sobre o fato de outros candidatos não terem recebidos, Cruz reagiu dizendo que cada um deveria ter tirado "suas próprias conclusões".

Prestação de conta

O ex-deputado Antonio Cruz (PP), segundo prestação de contas final publicada no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) declarou ter recebido R$ 90 mil reais do fundo partidário.

Ele que não ganhou as eleições declarou ter gastado R$ 348.319,37. Desse montante, R$ 90 mil foi proveniente do fundo partidário nacional. O filho dele, um dos pivôs da troca de acusações entre os progressistas, declarou ter gasto R$ 29.295,06. Ele não recebeu nenhum recurso financeiro do partido, segundo consta na prestação de contas.

Já o deputado estadual eleito pelo mesmo partido, Alcides Bernal, declarou gastos de R$ 344 mil. Ele também não recebeu nenhum tipo de financiamento do fundo partidário nacional. “Recebi de doadores de campanha e um fundo comum da coligação”, declarou Bernal que foi candidato na coligação “A força do povo”. Ele recebeu R$ 3.272,50 do Comitê Financeiro Estadual.

Lidio Lopes, que ficou como suplente de deputado estadual na coligação, declarou gastos de R$ 105 mil. Lídio não recebeu nenhum recurso do partido nem da coligação que fazia parte.

Midiamax

    
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