Taquari sofre com bancos de areia que mudam o curso das águas A Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimento) receberá no dia 21 de fevereiro as propostas da licitação que representa o primeiro passo para salvar o rio Taquari, personagem de um dos mais conhecidos desastre ambiental do Estado.
De acordo com Pedro Freitas de Oliveira, um dos coordenadores do Cointa (Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio Taquari), as primeiras ações estão orçadas em R$ 5,5 milhões.
Conforme o edital de licitação, publicado na edição de hoje do Diário Oficial do Estado, serão realizadas recuperação e adequação de estradas rurais, recuperação de áreas de preservação permanente, controle de erosão e construção de terraços na região do Alto Taquari.
O rio Taquari, que nasce no Mato Grosso, sofre com o assoreamento em Mato Grosso do Sul. O leito é alterado pela formação de bancos areias, resultantes da grande quantidade sedimentos. O processo de degradação foi acelerado pela pecuária.
As ações serão realizadas em sete municípios: Pedro Gomes, Coxim, Rio Verde, São Gabriel do Oeste, Camapuã, Rio Verde e Alcinópolis. “A pior situação está em Camapuã e Figueirão”, salienta o coordenador.
O projeto inclui a produção de mudas para recompor a vegetação às margens do rio. Além do viveiro de São Gabriel do Oeste, serão criados outro três: em Rio Verde, Coxim e Pedro Gomes.
Segundo Oliveira, os terraços em curva de nível são para evitar que a enxurrada leve ainda mais terra para o leito do rio. Com o terraço, a água será direcionada para outros pontos do terreno.
O Cointa também aguarda liberação de R$ 14 milhões por parte do Ministério Ambiental. Num cenário otimista, o objetivo é dar largada às ações para que o rio volte a ter seu leito normal dentro de sete anos. Campograndenews |