|
|
Esporte |
07/02/2011 - 06:36 |
Em noite discreta de Rivaldo, Tricolor erra muito e perde para o Bota-SP |
|
Foto: Divulgação |
Globo |
|
Sem contar desta vez com uma grande atuação de Rivaldo, o São Paulo perdeu para o Botafogo por 2 a 1, em Ribeirão Preto, e conheceu sua terceira derrota em sete partidas disputadas no Campeonato Paulista. Com o tropeço, o time comandado por Paulo César Carpegiani perdeu a oportunidade de assumir a vice-liderança da competição. De quebra, ainda caiu para o quinto lugar, com 12 pontos, quatro a menos que o líder Palmeiras. Já o rival de Ribeirão Preto deixou a zona de rebaixamento, subindo para a 15ª colocação, com sete pontos. As duas equipes voltarão a campo no próximo final de semana. No sábado, o Botafogo receberá a visita do Santo André. No dia seguinte, o Tricolor terá a Portuguesa pela frente, em duelo que será realizado no Canindé.
Rivaldo disputa lance com Assis, do Botafogo, durante o primeiro tempo do jogo deste domingo (Foto: Ag. Estado)Novamente, a irregularidade acompanhou a equipe em campo. No primeiro tempo, no esquema 3-5-2 pela primeira vez no ano, a equipe não teve organização tática e ainda repetiu falhas defensivas notadas nas outras partidas. Na etapa complementar, com o retorno ao 4-4-2, o time cresceu, foi superior ao adversário, mas parou no goleiro Julio Cesar, autor de belas defesas.
Confusão tática e vacilos defensivos no primeiro tempo
Para dar mais segurança ao setor defensivo, que havia levado oito gols nas últimas quatro partidas, o técnico Paulo César Carpegiani resolveu mudar o esquema tático, com Luiz Eduardo formando o trio de beques com Xandão e Miranda. No ataque, veio a surpresa. Depois de treinar normalmente na manhã do último sábado, Dagoberto foi vetado pelo departamento médico por estar com dores no joelho direito. Com isso, Fernandão ganhou nova chance e formou dupla de ataque com Fernandinho. No Botafogo, o técnico Fernando Diniz, contratado na última sexta-feira, ficou nas tribunas do estádio. Em campo, a equipe foi comandada pelo auxiliar Regis Angeli.
Embora tenha sido do São Paulo a iniciativa da partida, coube ao time da casa criar o primeiro lance de perigo. Aos 14, Anselmo foi lançado nas costas de Miranda, invadiu a área e chutou em cima de Rogério Ceni. A resposta da equipe do Morumbi foi imediata. Dois minutos depois, Ilsinho fez grande jogada pelo meio, passou por quatro marcadores, invadiu a área e, cara a cara com o goleiro Julio Cesar, acertou a trave direita. No rebote, Rivaldo chutou por cima do gol.
A mudança do esquema tática não foi bem digerida pelos jogadores do São Paulo que, dentro de campo, mostraram-se muito confusos nos primeiros 45 minutos. Com três zagueiros, era natural que Ilsinho fizesse a ala direita e Jean jogasse como volante no meio. Ofensivamente, a dupla tentou alternar posições para confundir a marcação adversária. Mas, defensivamente, nenhum dos dois fazia a marcação pela lateral, o que deixava um buraco para o apoio de Andrezinho. Com isso, Luiz Eduardo deixava a área para fazer o combate na direita. O mesmo ocorria na esquerda, onde Miranda cansou de fazer a cobertura de Juan. E o Botafogo, com claras limitações técnicas, passou a mostrar volume de jogo pelas pontas.
No meio-campo, embora houvesse a maior posse de bola, faltava objetividade para os são-paulinos. Rivaldo até tentou recuar para vir receber a bola, mas as coisas não deram certo. Com isso, Fernandão, que funcionaria como uma referência na área, não foi notado no primeiro tempo. Mais organizado em campo, o Botafogo abriu o marcador aos 40. Após marcação duvidosa de falta por parte do juiz Roberto Pereira Pires, Andrezinho cobrou a infração da intermediária, Anselmo se antecipou a Xandão e testou no canto direito de Rogério Ceni, que só olhou. O curioso no lance é que Miranda, um dos três zagueiros em campo, nem entrou na área para fazer o combate.
Como nada funcionou na primeira etapa, Paulo César Carpegiani resolveu mudar o time no intervalo. Ele sacou o inoperante Juan e colocou o meia Marlos em seu lugar. Com isso, ele voltou ao 4-4-2, com o zagueiro Luiz Eduardo atuando improvisado pela lateral-esquerda. Na sequência, Carlinhos Paraíba entrou no lugar de Ilsinho, que saiu machucado. Jean, então, voltou para a lateral.
Fernandão, que até então era uma figura decorativa em campo, passou a aparecer, já que o time, atuando como está acostumado, ganhou em volume de jogo ofensivo. O camisa 15 teve duas grandes chances mas, em ambas, parou no goleiro Julio Cesar, que brilhou com grandes defesas. O Botafogo, muito superior no primeiro tempo, recuou a marcação para tentar sair nos contra-ataques. Aos 24, Carpegiani fez nova alteração no Tricolor, sacando Rivaldo e colocando Marcelinho Paraíba.
Com o passar do tempo, o Botafogo conseguiu voltar a controlar a bola no meio-campo, o que não vinha acontecendo. E, no seu primeiro lance de perigo da etapa complementar, matou a partida. Aos 28, após bela troca de passes, Paulinho recebeu de Assisinho nas costas de Xandão, invadiu a área e, cara a cara com Rogério Ceni, tocou no canto esquerdo: 2 a 0 e festa no estádio Santa Cruz. Na comemoração, os jogadores fizeram uma coreografia lembrando o chute decisivo da vitória da Anderson Silva sobre Vítor Belfort, na luta de MMA da noite do ultimo sábado. O Tricolor não desistiu e ainda descontou com um gol de Marcelinho Paraíba, em chute que desviou na zaga e enganou o goleiro do Botafogo.
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|