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Política |
03/03/2011 - 05:09 |
Governo retalia o 'não alinhado' PDT |
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Folha de São Paulo |
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Depois de aprovar com folga no Congresso o salário mínimo de R$ 545, a presidente Dilma Rousseff realizou nesta quarta-feira, 2, no Palácio do Planalto, um encontro com 15 líderes aliados sem a presença de representantes do PDT, partido da base governista que apresentou o maior número de dissidentes nas votações.
O governo usou o encontro de "confraternização" para marcar posição no momento em que se prepara para levar ao Legislativo um projeto de mudança na tabela do Imposto de Renda. "Foi uma reunião em que a presidente convidou líderes 100% aliados a ela", afirmou o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, em entrevista.
Mais cedo, setores do governo negaram que o Planalto estava no comando direto da retaliação ao PDT. A lista teria sido preparada pelo líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT). Ao deixar a reunião, o petista confirmou que tinha sido autor da lista dos convidados, mas deixou claro que fez os convites seguindo ordens. "Eu assumo a responsabilidade pelos convites. Eu só faço o que a presidente manda", afirmou. "Nós estamos num regime presidencialista. Essa decisão é do governo. A decisão é sempre do presidente."
A decisão de Dilma em não convidar o PDT foi visto por auxiliares como um aviso à direção do partido, que não estaria "freando" o deputado Paulinho Pereira da Silva (SP), um dos principais críticos à proposta do governo para o salário mínimo. Esses assessores disseram que Dilma avisou o comando do PDT que a legenda tem um ministério - Carlos Lupi, do Trabalho. O Planalto avaliou que Lupi atuou no partido para aprovar os R$ 545, mas foi neutralizado por Paulinho. |
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