Roberto com sua familia O terceiro acusado de ter tentado matar o empresário João Batista Alves, o “TJ”, seqüestrar o filho de TJ que na época tinha seis anos, manter em cárcere privado o casal de caseiros no dia 10 de outubro de 2004, na “Estância TJ” de propriedade do empresário, localizada na rodovia MS 135 altura do km 05 no município de Costa Rica foi a júri nesta segunda-feira (14), no Tribunal do Júri da comarca. Roberto Ferreira da Silva, 40 anos sentou no banco dos réus e foi absolvido das acusações depois de ter ficado dois anos e três meses preso. Roberto negou participação no crime e disse ao juiz que não conhecia a cidade de Costa Rica. De acordo com a denuncia Roberto e seus companheiros chegaram ao local do crime por volta das 06:00 horas, sabiam que aconteceria um churrasco, renderam dois funcionários da fazenda e os prenderam no interior de um banheiro. Por volta das 15:00 horas, João Batista, o filho, e o namorado da filha se dirigiram próximo a residência, onde estava o réu juntamente com seus companheiros. A criança conseguiu fugir indo em direção ao seu pai, ai os acusados disparam vários tiros com intenção de matar TJ que conseguiu fugir e embrenhar na mata. Com a fuga de TJ, os homens seqüestram o filho e lavaram a criança que foi encontrada dias depois na cidade de Ribas do Rio Pardo. A defensora pública, Débora Maria de Souza Paulino, trabalhou na tese de negativa de autoria. Ela conseguiu provar ao corpo de jurados formado por quatro homens e três mulheres que o réu é inocente.
O representa do Ministério Público Estadual, George Cassio Tiosso Abbud, titular da 1ª promotoria reconheceu que não houve dolo no crime e desqualificou para extorção mediante seqüestro. “Não houve a intenção de matar, se houvesse teria matado, foi uma forma de intimidar”, disse.
O julgamento foi acompanhado pela esposa do acusado, Luciene Albuquerque da Silva, 34 anos, as duas filhas de 14 e 17 anos e o irmão do réu. No plenário a emoção tomou conta dos familiares durante toda sessão.
Luciene disse ao Hora da Noticia que sofreu muito durante o tempo em que o marido esteve preso, “vendi minha casa para tirar ele da cadeia, precisei me separar das minhas filhas, eu não tinha condições de sustentá-los, foi muito difícil”, disse á mulher emocionada com a absolvição do marido.
As duas filhas estavam a mais de dois anos sem ver o pai, e choravam muito, a mãe disse que não as levou ao presídio para que elas não visse o pai na situação que estava.
O júri iniciou por volta de 13 horas com quatro homens e três mulheres no corpo de jurados. O processo tem cinco volumes e mais de mil paginas. Por volta das 18h30 o presidente do júri, o juiz Luiz Alberto de Moura Filho leu a sentença que inocentou o réu.
Para a defensora esse foi o júri mais envolvente, que já trabalhou, “envolveu a família toda, foi emocionante”, disse. A mãe da defensora, Iraci Alli de Souza acompanhou o talento da filha na sua argumentação em plenário durante os debates, se emocionou, e desabafou, “vi que minha filha tem respeito pelo ser humano e trabalha”.
Cássio disse ao Hora da Noticia que não vai recorrer da sentença, “o julgamento foi justo”, concluiu. Os acusados: Quatro homens foram acusados de participação no episodio, eles foram julgados em separados, o processo foi desmembrando. Norail Rezende, foi acusado de ter mandado matar o empresário. Ele foi absolvido no dia 03 de setembro de 2009 depois de passar quase três anos preso.
No dia 06 de abril de 2009, Gustavo Lopes de Souza, acusado de tentativa de homicídio seguida de sequestro foi condenado a sete anos e seis meses de reclusão, e 150 dias multa no valor de 1/3 do salário mínimo vigente na época dos fatos. Ademir Maciel de Lima será julgado ainda nesse semestre. Segundo a denúncia tudo aconteceu devido ao acerto de contas na transação envolvendo aquisições de terras. Hora da Notícia |