Celas da cadeia pública de Costa Rica

A falta de compromisso do governo do estado para com os presos que se encontram na cadeia pública de Costa Rica poderá levar à defensora publica Débora Maria de Souza Paulino a pedir ao poder judiciário da comarca a interdição das duas celas que funciona anexa a delegacia de polícia. Nesta segunda-feira (04) a pedido da defensora os técnicos da Vigilância Sanitária do Município realizaram inspeção no local e vai encaminhar um lado sobre as condições do local. O engenheiro Civil Darlan Luiz de Silva vai elaborar outro lado sobre as condições estruturais do prédio. Os dois laudos devem ficar prontos nesta terça-feira (05) e serão utilizados para materializar as péssimas condições do local.

O local e inóspito, está com infiltração de água pelas paredes, cheira mal, alguns dos 34 presos estão doentes, essas pessoas estão expostos a uma epidemia de gripe e sujeitos a contraírem tuberculose. De acordo com a defensora o prazo que o governo do estado pediu para entregar o novo prédio da delegacia que está pronto desde o mês de dezembro passado já se esgotou.

As celas medem cerca de 20 metros quadrados cada uma, o espaço foi projeto para abrigar oito detentos, sendo quatro em cada cela, mas se transformou em um deposito humano, que mais parece uma masmorra, onde os colchões ficam molhados em todas as circunstâncias, o calor e insuportável, as instalações hidráulicas estão rompidas e o risco de incêndio e eminente, uma vez que as instalações elétricas estão em péssimas condições.

No meio de uma das celas um cano de esgoto rompeu e está a mostra produzindo um mau cheiro insuportável. Os problemas já existiam, mas com as ultimas chuvas que caiu a situação ficou insuportável, uma telha quebrou e o vazamento aumentou.

A situação é tão grave que uma das portas gigante que da acesso a uma das celas está se deteriorando, o risco de não amanhecer nenhum detento no local é grande. Outro ponto que está preocupando os agentes da polícia civil é a falta de segurança, os presos podem forçar a porta principal e fazer de refém o policial.

Os presos estão revoltados com essa situação, um deles disse ao Hora da Notícia eles já poderiam ter forçado a porta e saído, “nos não saímos daqui ainda porque esse delegado é gente boa, se forçarmos essa grade vamos embora, ela está cedendo”. O Hora da Notícia presenciou as condições a que estão submetidos seres humanos, o local mais parece uma pocilga. Nesse local os agentes de polícia ficam em alerta constante uma vez que eles são os responsáveis pela guarda dos presos.

Promessa:

O Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini Brasil havia prometido ao promotor de justiça da comarca, George Cassio Tiosso Abbud que no dia 28 de março os responsáveis pela empreiteira visitariam as instalações da nova delegacia que tem as celas em anexo no dia 29 o engenheiro do estado responsável pelo projeto iria vistoriar o prédio que seria entregue para a secretaria de segurança pública. No dia 30 último. A promessa não foi cumprida.

Cobrança:

O promotor cobrou o governador André Puccinelli, (PMDB) no dia 24 fevereiro quando inaugurou o prédio do INSS em Costa Rica para entregar as instalações da delegacia. Mais tarde quando almoçava o governador prometeu ao Hora da Notícia que no máximo em 45 dias entregaria o prédio. O prazo estipulado pelo governado termina no dia 10 abril.

O Bispo reivindicou ao governador:

O Bispo, Dom Antonino Migriore, da Diocese de Coxim visitou o local neste no dia 19 de fevereiro último e ficou surpreso com as condições em que os detentos estão aprisionados. Segundo ele essa cadeia e a que está em pior estado de conservação: “visito todas as cadeias por onde passo, essa é a pior de todas”, disse o religioso.

Dom Antonino lamentou o fato de ter um prédio novo, com novas celas prontas para ser ocupadas, porém aguarda os entraves da burocracia.

O Bispo reivindicou ao governador do estado e ao Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública a transferência dos detentos para o novo prédio.

Hora da Noticia