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Saúde |
07/04/2011 - 08:55 |
Cerca de 3 mil médicos param em MS e denunciam abusos dos planos de saúde |
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Foto: Divulgação |
Midiamax |
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Cerca de 3 mil médicos em Mato Grosso do Sul aderiram à paralisação nesta quinta-feira (7), como forma de protesto contra abusos dos planos de saúde. Durante um dia, a categoria não fará consultas particulares nem procedimentos eletivos.
De acordo com o Conselho Regional de Medicina, o índice de adesão da categoria é de 80%. O movimento também briga por reajuste nos valores pagos pelas operadoras aos profissionais. Os médicos recebem entre R$ 40 e 50 por consulta, mas querem que o repasse seja elevado a R$ 100. Em média, cada especialista atende entre 30 e 40 pessoas por dia.
O presidente do CRM-MS, Jouberty Antônio de Souza, ressalta que o dia de paralisação serve para chamar a atenção da sociedade para os problemas vivenciados cotidianamente pelos médicos. "Queremos trabalhar de forma digna, mas hoje não temos reconhecimento". Citou ainda que muitos profissionais deixam de atender na área pública por causa dos graves problemas que ocorrem no setor, mas na área suplementar eles acabam se deparando com descaso e desrespeito.
A presidente da Associação Médica (AMMS), Eliana Patrícia Maldonado, lembrou que hoje é o Dia Mundial da Saúde, mas em vez de comemorar, a classe médica vive um momento triste. "Estamos esquecidos e precisamos de melhorias nas condições de trabalho", afirmou.
Alguns médicos passaram a usar uma tarja preta na manga do jaleco. Para Marco Leite, presidente do Sindicato dos Médicos (SinMed-MS), a cor simboliza o quadro atual da saúde no país. Ele afirma que o problema decorre da má gestão do dinheiro público no setor.
O presidente da Câmara de Vereadores e médico pediatra Paulo Siufi esteve ao lado das entidades profissionais no início do manifesto, e disse que a saúde deveria ser tratada como prioridade pelos gestores. "A insatisfação é gritante entre os médicos", frisou.
À tarde, médicos devem participar de audiência pública na Assembleia Legislativa, cujo tema será o caos na saúde regional.
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