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Esporte |
23/08/2008 - 09:03 |
Vôlei feminino bate EUA por 3 sets a 1 e é ouro |
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Foto: AP |
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Mais lembrada normalmente pelas "pipocadas" do que pela coleção de troféus acumulados nos últimos quatro anos, a seleção brasileira feminina de vôlei se redimiu e comemorou neste sábado o primeiro ouro olímpico de sua história após a vitória por 3 sets a 1 sobre o Estados Unidos, com parciais de 25/15, 18/25, 25/13 e 25/21, na decisão dos Jogos de Pequim. O ouro, o terceiro do Brasil na China, consagra uma geração que conseguiu se reerguer após pelo menos três grandes "baques". Há quatro anos, em Atenas-2004, o Brasil sofreu uma traumática derrota para Rússia nas semifinais, após desperdiçar sete match points, e depois perdeu também para Cuba na decisão do bronze.
O grupo atual conta com seis atletas que participaram daquela campanha --Valeskinha, Fofão, Mari, Sassá, Walewska e Fabiana. As outras seis chegaram ao grupo no processo de reformulação introduzido pelo técnico José Roberto Guimarães, que tornou-se o primeiro a vencer tanto com homens como com mulheres em Olimpíadas --foi ouro com o time masculino em Barcelona-1992.
No Mundial de 2006, a seleção viveu um "déjà vu" dos Jogos da Grécia, desperdiçou match points e igualou a melhor campanha brasileira, com uma prata, mais uma vez perdendo para a Rússia. No Pan-2007, o time também perdeu o ouro, desta vez para Cuba, criando de vez o estigma de que o time era "perdedor".
Para se livrar desse pecha, o Brasil chegou a decisão em Pequim ostentando uma campanha irretocável. Além de permanecer invicto na competição, não havia cedido nenhum set aos seus rivais, entre eles a Rússia, campeã mundial, a Itália, atual campeã da Copa do Mundo, e a China, anfitriã e ouro em Atenas-2004.
Na partida deste sábado, a seleção "sobrou" no primeiro set. Apresentando o mesmo vôlei competitivo que fez dela a favorita ao título, marcou 25 a 15, em 22 minutos, mesmo tempo gasto pelo Estados Unidos para darem o "troco" e estabelecerem a primeira derrota brasileira em um set olímpico na segunda parcial.
No terceiro período, o Brasil recuperou o controle da partida e anotou 25 a 13. No set decisivo, a equipe nacional chegou a estar atrás no placar, mas conseguiu a virada e, com um ataque para fora dos Estados Unidos, fechou o jogo com um 25/21.
O bom momento da equipe brasileira já havia sido prenunciado no mês passado, quando o time conquistou o Grand Prix pela sétima vez na história.
Na ocasião, as brasileiras haviam batidos os Estados Unidos em três sets. O desempenho naquele torneio --nem mesmo subiu ao pódio-- fez com que as norte-americanas chegassem à China fora do grupo das favoritas.
Até esta edição dos Jogos, o Brasil tinha como resultado mais expressivo as medalhas de bronze conquistadas em Atlanta-1996 e Sydney-2000, enquanto as americanas já sentiram o "gostinho" de jogar uma decisão na Olimpíada de Los Angeles, em 1984, ano em que perderam para a China e ficaram com a prata.
Em Pequim, o Brasil já havia perdido duas finais para os Estados Unidos, em outras modalidades --derrotas da seleção feminina de futebol e da dupla de vôlei de praia Márcio e Fábio Luiz.
Na história dos Jogos Olímpicos, o quadro do confronto direto em decisões de qualquer esporte também é bastante desfavorável. O triunfo deste sábado é o primeiro do Brasil em finais contra um time norte-americano.
Masculino
Na madrugada deste domingo, o Brasil terá a chance de realizar a sua primeira "dobradinha" da história e ficar com o ouro nas versões masculina e feminina do mesmo esporte em uma mesma edição Olímpica. O time do técnico Bernardinho encara os Estados Unidos, a partir das 1h (horário de Brasília), em busca do tricampeonato olímpico.
O primeiro ouro da equipe masculina foi obtido em 1992, sob o comando de Zé Roberto Guimarães --atual técnico da seleção feminina. Há quatro anos, veio o bicampeonato, já sob o comando de Bernardinho. |
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