O presidente da Câmara dos Vereadores de Campo Grande, Paulo Siufi, do PMDB, disse que vai se “inteirar oficialmente” da denúncia feita por um servidor da Casa indicando que ali funcionava um esquema de favorecimento na entrega de casas populares.
O denunciante estaria detido e incomunicável numa das celas do Garras (Grupo Armado de Repressão a Assaltos, Roubos e Sequestros) desde a madrugada deste sábado, dois dias após ter relatado as supostas negociatas.
Na quinta-feira passada, o assessor parlamentar Celso Roberto Costa, conhecido como Mário Covas, lotado no gabinete do vereador Vanderlei Cabeludo, peemedebista, denunciou a suposta trama em entrevista gravada em vídeo pelo site UHNews.
O esquema funcionaria dentro do gabinete de Cabeludo.
Covas citou nomes de membros importantes do staf do governador André Puccinelli, do PMDB. Parte dos relatos foi tirada do ar por força de uma liminar.
“O que sei até agora li na imprensa, mas vou chamar o vereador para uma conversa e se inteirar do assunto. Quero ouvir a versão dele, que é uma pessoa correta e não acredito que esteja envolvido nisso”, disse o parlamentar.
Siufi disse, contudo, que se enxergar alguma irregularidade vai determinar que o caso seja investigado de imediato.
Mário Covas disse na entrevista que o esquema funcionava da seguinte forma: famílias interessadas nos sorteios das casas populares, construídas tanto pela prefeitura de Campo Grande quanto pelo governo do Estado, pagavam uma taxa e, com isso, seus nomes eram inscritos nos cadastros como os primeiros da lista. Isto é, seriam favorecidas e logo, beneficiadas com uma unidade habitacional.
A entrevista foi exibida na quinta-feira e, na sexta-feira de manhã, o servidor foi levado para a delegacia da Polícia Civil, onde prestou depoimento e, de lá não saiu mais.
Dali ele teria sido levado para o Garras. A reportagem do Midiamax tentou saber o motivo de sua prisão, mas ao menos até a manhã deste domingo o comando da polícia ainda não se pronunciado sobre o caso.
O vereador Vanderlei Cabeludo também ainda não se manifestou.
Durante o depoimento do servidor, apareceram na delegacia algumas pessoas que teriam pagado uma taxa pela suposta preferência na hora do sorteio. Entretanto, elas incriminaram apenas Mário Covas, que teria cobrado R$ 600 delas e não cumprido o suposto acordo. Midiamax |