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Saúde |
31/05/2011 - 13:15 |
Europa alerta para risco concreto de epidemia |
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Opinião e Notícia |
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Em meio a relatos de que ao menos 14 pessoas teriam morrido em virtude de um surto da bactéria Escherichia coli encontrada em pepinos importados, a Alemanha começou, na última segunda-feira, 30, um debate sobre a crise. Nesta terça-feira, a Europa registrou mais duas mortes, incluindo o primeiro caso fora da Alemanha.
Um hospital da Suécia anunciou a morte de uma mulher de cerca de 50 anos, internada no dia 29 de maio, após uma viagem para a Alemanha. Dinamarca, Bélgica, França e Grã-Bretanha também registraram casos suspeitos.
A doença causa uma infecção gastrointestinal grave, afetando o sangue, os rins e o sistema nervoso. O paciente sofre de fortes dores abdominais, diarreia e insuficiência renal aguda. As primeiras investigações mostram que a bactéria é transmitida pela ingestão de legumes crus, em especial o pepino, e hortaliças. Em casos mais graves, o paciente pode precisar de sessões de hemodiálise.
A Bélgica e a Rússia proibiram a importação de produtos hortícolas provenientes da Espanha, que acredita-se ser a fonte de alguns dos pepinos contaminados. República Tcheca, Áustria e Alemanha também adotaram rígidos controles sobre a importação de legumes. Madrid já informou que irá pedir compensação financeira à União Europeia pelas vendas perdidas.
A preocupação com a doença, já revelada na semana passada por autoridades alemãs, vem aumentando. As autoridades sanitárias da União Europeia já alertaram para um risco concreto de epidemia na Europa. Pouco mais de duas semanas após o relato do primeiro caso no norte da Alemanha, o número de suspeitas e confirmações da doença chega a 1.200, segundo a imprensa local.
Em situações normais, menos de 60 casos são registrados por ano no país. De acordo com cálculos de Olivier Grieve, pesquisador do Centro Médico da Universidade de Schleswig-Holstein, o número de casos de infecção dobrou nos últimos dias, o que sugere uma expansão acelerada da doença. O Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças, baseado em Estocolmo, descreveu o surto como “um dos maiores do mundo, e o maior já relatado na Alemanha”.
Surto de E.Coli não deve chegar ao Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que acompanha a contaminação pela bactéria E.coli, na Europa. O órgão ainda avisou que não há indícios de necessidade de adoção de medidas especiais no país, já que a probabilidade da E.coli chegar ao Brasil é pequena.
O órgão diz que o consumo de alimentos frescos normalmente é local. Outra forma de contaminação é a vinda de um doente da Europa para o Brasil. Entretanto, é preciso que o doente chegue ao país e contamine também os alimentos, manuseando os produtos consumidos por outras pessoas.
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