Uma regra nova do Banco Central está facilitando a vida de consumidores e comerciantes. Os cheques têm que ser compensados em no máximo dois dias úteis. No maior centro de lojas populares do Rio, seu Jacob mantém o comércio há 60 anos com o mesmo lema: vende na base da confiança. De cada dez clientes, três compram com cheques, mas ele reclama do prazo para receber dos bancos. “Cheques de lugares distantes está levando cinco a seis dias”, destacou. Os cheques emitidos em todo o país eram encaminhados, de caminhão, avião e até navio, para as chamadas câmaras de compensação. Lá, dezenas de funcionários faziam a conferência manual e a troca entre bancos antes do pagamento. Uma determinação do Banco Central mudou as regras para a compensação de cheques. E as salas de compensação ficaram vazias. O cheque não viaja mais de um lugar para o outro. Quando é levado ao banco por um cliente, agora, tem que ser digitalizado. Na operação, sai de cena o papel e ele vira uma espécie de ordem de pagamento virtual. Como tudo é controlado por computador, eletronicamente, o serviço fica mais ágil e seguro e o tempo de compensação diminui. Com a mudança, a compensação tem que ser feita em no máximo dois dias. Cheques acima de R$ 300 vão levar apenas um dia. “Essa medida é boa tanto para o usuário do cheque como para o comerciante. Porque agiliza o recebimento do cheque. Nos países mais desenvolvidos, esse tempo é mínimo e o caso do Brasil, agora, estamos nesse sentido da modernidade”. Os bancos das cidades do interior do país têm até 20 de julho para se adaptar. |