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Geral |
19/07/2011 - 21:50 |
Quase metade dos municípios de MS pode ficar sem água até 2015 |
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Correio do Estado |
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Quase metade dos municípios de Mato Grosso do Sul pode ficar sem água se não investir na ampliação ou adequação dos sistemas de abastecimento até 2015. A previsão é da Agência Nacional de Águas (ANA), que em março divulgou relatório de levantamento que reúne informações sobre a capacidade dos sistemas de produção de água e dos serviços de coleta e tratamento de esgoto dos 5.565 municípios do Brasil. Segundo a ANA, são necessários R$ 48 milhões para melhorar o abastecimento urbano em Mato Grosso do Sul.
De acordo com a pesquisa, quatro cidades do Estado – Aparecida do Taboado, Coronel Sapucaia, Mundo Novo e Sete Quedas – precisam construir novo sistema para retirar água de outros mananciais e não sofrer desabastecimento.
Outros 32 municípios têm de adequar os sistemas já existentes. O abastecimento de água em 42 cidades de MS, inclusive Campo Grande, é considerado satisfatório. Para a Capital, conforme informações do relatório, a tendência é a ampliação do abastecimento por poços, com a exploração do Aquífero Guarani.
Para os quatro municípios que precisam aproveitar novos mananciais, são necessários pelo menos R$ 12 milhões em investimentos. Para as outras 32 cidades que só precisarão ampliar os sistemas que já utilizam, terão de ser destinados no mínimo R$ 36 milhões.
Investimentos Para o presidente da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul), José Carlos Barbosa, são necessários “muito mais” que R$ 48 milhões em investimento para evitar o desabastecimento de alguns municípios do Mato Grosso do Sul.
Ele garante, entretanto, que o relatório da Agência Nacional de Águas (ANA) serve de alerta para as autoridades competentes e até mesmo facilita o acesso da concessionária aos recursos do governo federal destinados ao saneamento básico e abastecimento de água no Brasil. Segundo Barbosa, a Sanesul precisa de aproximadamente R$ 150 milhões para garantir o acesso da população urbana do Estado à água pelos próximos 20 anos.
“Na verdade a avaliação da Agência Nacional de Águas parte das informações das próprias companhias. É por conta disso, as informações divulgadas pela ANA não são desconhecidas da empresa, não nos pegaram de surpresa. De qualquer forma, este é um dado importante na medida que nos buscamos recursos, do governo federal, da Caixa Econômica Federal. Essas informações nos servem como base para argumenta e pleitear esses repasses”, explica José Carlos Barbosa.
O presidente da Sanesul afirma, ainda, que muitas da cidades que aparecem no relatório da ANA já estão recebendo investimentos. Em outros casos, a concessionária já tem projetos para melhorar a rede de abastecimento. “Para Aparecida do Taboado, por exemplo, já temos projeto concluído de adoção de novo manancial e já estamos buscando recursos em Brasília. Nós estamos buscando sempre novas alternativas”.
Brasil Dos 5.565 municípios brasileiros, 3.059, ou 55%, poderão ficar sem água, segundo a Agência Nacional de Águas. Os investimentos para adequar ou construir sistemas de captação totalizam R$ 22,2 bilhões. As obras nos mananciais e nos sistemas de produção são fundamentais, segundo a ANA, para evitar déficit no fornecimento de água na localidade indicadas, que daqui a 14 anos vão concentrar 139 milhões de habitantes, 72% da população brasileira. Concluídas até 2015, as obras podem garantir abastecimento para até 2025.
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