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Política
30/07/2011 - 23:33
Escândalo nos Transportes derruba coordenador do Dnit
Veja
A faxina nos Transportes continua: o coordenador-geral de Operações Rodoviárias do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Marcelino Augusto Santa Rosa, acaba de perder o cargo. A informação foi confirmada nesta sexta-feira pela assessoria do órgão. Rosa é o 21º funcionário do governo a ser afastado após as denúncias de esquema de corrupção no Ministério dos Transportes. Abaixo, uma lista de todas as demissões.

Ele foi exonerado depois de reportagem do jornal O Globo, publicada hoje, mostrar o envolvimento de sua mulher em negócios com o Dnit. Segundo o jornal, a mulher dele, Sônia Lado Duarte Rosa, é representante de oito empresas contratadas pelo Dnit, a maioria ligada à sinalização de rodovias. A exoneração do coordenador deve ser publicada na segunda-feira no Diário Oficial da União.

Não é a primeira vez que a mulher de um servidor do órgão se envolve no escândalo dos Transportes. Recente reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostrou que uma construtora da mulher do diretor executivo do Dnit, José Henrique Sadok de Sá, recebeu 18 milhões de reais para tocar obras em rodovias federais vinculadas a convênios com a própria autarquia. Sadok também perdeu o cargo.

Mais um escândalo - O esquema operado entre o diretor e sua mulher baseia-se no seguinte traçado: procuradora de oito empresas – a maioria delas envolvida na sinalização de rodovias -, Sônia é a responsável por intermediar os acordos entre as companhias contratadas e o Dnit. Augusto Rosa detém o controle sobre contratos de sua área – justamente o setor em que atuam as empresas representadas por Sônia.

Antes mesmo de assumir o novo cargo, Rosa já atuava nos negócios ao lado da mulher – ação que rendeu à dupla o apelido de “casal Dnit”. Enquanto coordenava o setor de Segurança e Engenharia de Trânsito, Marcelino conseguiu com que, por meio de aditivos – ou seja, sem que fossem realizadas novas licitações para a manutenção dos contratos – algumas das empresas representadas por Sônia dobrassem seus patrimônios.

A clientela de Sônia tem aumentado nos últimos quinze anos justamente pela garantia de que a mulher do diretor do Dnit consegue “acelerar” processos internos – e renovar anualmente, sem licitação, os contratos de seus clientes com o Dnit.

    
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