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Polícia
02/08/2011 - 18:15
Prefeito de Alcinópolis rebate polícia e diz que foi vítima de interesse político
Foto: Arq/Hora da Notícia
Midiamax
O prefeito de Alcinópolis Manoel Nunes da Silva enviou documento à direção regional do Partido da República (PR), por sua assessoria jurídica, justificando que sua prisão, ocorrida no dia 20 de julho, “possui nítido interesse político”. À sua legenda, ele rebate às acusações das autoridades policiais de envolvimento na morte do vereador Carlos Antônio Costa Carneiro, crime ocorrido em 26 de outubro de 2010 na Capital.

A assessoria de imprensa do PR, no entanto, não divulgou na íntegra o conteúdo da justificativa de Manoel Nunes, mas, apenas, trechos do que seria sua “defesa” perante seu partido. O documento chegou às mãos dos dirigentes no dia 28 de julho, porém somente nesta terça-feira, 2, é que informações foram repassadas para a imprensa.

Pelo seus advogados de defesa, Manoel Nunes diz no esclarecimento ao PR, datado de 28 de julho, que “a prisão temporária foi decretada com respaldo numa situação abstrata que sequer era necessária para o encerramento do inquérito”.

A defesa teve acesso ao inquérito policial no dia 22 de julho. Após a análise do material e “atento ao fato de que o processo segue em Segredo de Justiça” apresenta algumas informações ao PR.

No documento da assessoria jurídica encaminhada ao PR em nome do prefeito, consta que “não há absolutamente nenhuma prova concreta ou cabal que demonstre o envolvimento ou participação de Manoel Nunes da Silva no crime”.

Diz ainda que “não há absolutamente nenhum registro telefônico que ligue direta ou indiretamente Manoel Nunes da Silva ao criminoso, ao contrário, os registros e as degravações telefônicas demonstram que Manoel Nunes da Silva somente tomou ciência do crime exatamente no dia do fato”.

Prossegue ainda os advogados, em nome de Manoel, afirmando que “o prefeito Manoel Nunes da Silva nega veementemente qualquer tipo de envolvimento no crime, acreditando que sua prisão possui nítido interesse político, pois a única pessoa que sempre o acusou desde o início tinha e tem interesse na sua prisão para assumir a Prefeitura de Alcinópolis/MS”.

A defesa afirma que “não estão presentes, definitivamente, os requisitos necessários para a decretação da prisão temporária que culminou no recolhimento de Manoel Nunes da Silva”. salientando que foi decretada sob fundamento de que ele poderia ocultar algum documento que poderia ser importante para as investigações e que sua prisão possibilitaria ouvir testemunhas sem algum tipo de coação.

“Contudo - diz a defesa - após a prisão não foi ouvida nenhuma testemunha (até porque já foram ouvidas 60) e nenhuma diligência foi feita pela Delegada que preside o inquérito, aliás, a Delegada informou que está encerrando o Inquérito sem que nenhuma diligência fosse realizada, ou seja, a prisão temporária foi decretada com respaldo numa situação abstrata que sequer era necessária para o encerramento do inquérito”.

Os advogados afirmam que todas as medidas judiciais estão sendo tomadas para o prefeito Manoel Nunes da Silva seja libertado imediatamente e “provar a sua inocência”.

As investigações sobre o assassinato do vereador Carlos Antônio Carneiro seguem em segredo de justiça.
    
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