O Tribunal de Justiça decidiu converter a prisão temporária do prefeito afastado de Alcinópolis, Manoel Nunes da Silva (PR), em prisão preventiva. Com isso, o acusado permanece atrás das grades por prazo indeterminado. A medida foi determinada pela desembargadora Marilza Fortes, na noite desta terça-feira (16).
Manoel poderia ser solto nesta sexta-feira (19), quando encerraria o prazo da prisão temporária, válida por 30 dias. A defesa do prefeito também havia pedido o relaxamento da prisão temporária, que foi negado pela Justiça.
Ele e outras 5 pessoas foram presas no dia 20 de julho pela morte do então presidente da Câmara de Alcinópolis, o vereador Carlos Antônio Carneiro, que foi assassinado em outubro de 2010, em Campo Grande. Manoel é o único dos acusados que ainda permanece na prisão.
Na semana passada, foram soltos os vereadores Enio Queiroz (PR), Valter Roniz (PR) e Valdeci Lima (PSDB). Eles foram enquadrados por participação em homicídio doloso, qualificado por motivo fútil e mediante pagamento.
Houve quebra do sigilo telefônico dos vereadores após o crime e, de acordo a defesa, os diálogos não mostram participação dos presos. “Eram conversas informais, preocupações relativas a um crime”.
A justiça também já havia concedido liberdade ao comerciante Ademir Luiz Muller e a funcionária da prefeitura Jurdete Marques de Brito. Todos estavam presos em Campo Grande. A prefeitura de Alcinópolis foi assumida pelo vice-prefeito Alcino Carneiro, pai do vereador morto.
O inquérito policial já foi concluído. O documento soma sete volumes, com mais de duas mil páginas. Desde o ano passado três homens respondem na justiça pelo crime: Irineu Maciel, Valdemir Vansan e Aparecido Souza Fernandes. Campo Grande News
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