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13/10/2011 - 07:37
Histórias de pescador
Foto: Divulgação
Opinião e Notícia
Será que um dia de tanto se falar vão acabar vendo que pode ser verdade? Será que um dia de tanto se falar vão ver que aí tem xabú? Será que um dia de tanto se falar vão enxergar que não é criando um novo imposto para a Saúde que se dará mais saúde à Saúde, e que tudo é uma simples questão de gestão? É preciso gerir o que já se tem e que, pelo visto, está sobrando tanto que nossos governantes resolveram custear pista de skate e vale-transporte com essa “gordurinha”?

Pois sim, caro leitor, estão usando dinheiro para pagar despesas administrativas, entre elas, planos médicos para os servidores da Pasta, que pelo visto, não devem confiar muito nos hospitais públicos…

O governo diz que um leito de UTI custa mais que essas academias da saúde, e que estas previnem doenças. Tá, pode até ser, mas enquanto não providenciarem um atendimento decente a quem precisa, vamos continuar colecionando óbitos nas portas de nossos hospitais.

Miserável é você! Não eu. Eu sou, segundo Lula, uma pessoa “incomum”!

José Sempre Ele Sarney, afirmou em alto e bom tom que “os privilégios foram criados para que os deputados fossem livres (eu não sabia que estavam presos em Brasília!) e seus salários não os fizessem miseráveis”. Como se eles já ganhassem pouco!

O grande problema é que as palavras de Sarney ferem e retratam exatamente o que pessoas como ele pensam. Não farei aqui interpretação de texto. Não há o que interpretar. A lógica é que, se deputados não tivessem seus privilégios, eles seriam “miseráveis”, pois ganham, depois da aprovação do aumento, míseros R$ 26,7 mil – fora as outras verbas de ajuda.

Então o que podemos dizer do salário de quem não é deputado? Do trabalhador comum? Do homem que levanta às 4h para enfrentar duas, às vezes três conduções para chegar às 9h no trabalho por um salário mínimo, sem direito, por exemplo, a usar helicóptero da Polícia Militar maranhense (pela segunda vez este ano, Sarney!) durante um passeio à Ilha de Curupu, no Maranhão, estado onde ele tem casa e onde manda e desmanda?

Sarney acertou na palavra: miserável. Só empregou na sentença errada.

Tem alguém aí? No Piauí?

Isso é incrível. Digno de entrar para o Guinness, ou simplesmente para abrilhantar ainda mais a frase: “Nunca antes na história desse país” (que dá nome ao livro de Marcelo Tas). O Piauí é o líder disparado entre os estados que mais cassaram políticos. Não pensem que a caça de animais silvestres foi liberada no estado. É outro tipo de animal que eles têm cassado. Até agora já foram 51 gestores municipais, e ontem foi a vez do prefeito, Inácio Batista de Carvalho, acusado de distribuir bebidas alcoólicas em comícios em troca de votos. Sei não… Inácio…bebida… Hummmm… Não falei nada. Só pensei.

Se beber, não dirija. Ah, e também não vota não tá?

Outra curiosidade é que a maior parte dos municípios que tiveram prefeitos afastados são os que pontuaram mal no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), ou os que estão na lanterna do Mapa da Pobreza.


Disso dá para tirar a conclusão que se o índice já é ruim, coloca-se qualquer coisa no poder que tá bom. O quadro fica completo.

Enquanto isso…

Em Alagoas, o sobrinho do ex-presidente Collor será candidato a vice-prefeito em Atalaia.

Falta (de) educação! Faltam os dois né?

O pré-candidato à prefeitura de São Paulo, o ministro da Educação, Fernando Haddad, defende uma reforma no ensino médio e investimentos no setor entre 7% e 10% do Produto Interno Bruto (PIB). Os investimentos tem girado em torno dos 5%. Legal isso. Muito legal.

Só não é legal saber que em Alagoas, terra de Collor, e que consegue ter o estado mais pobre do Brasil, Maceió, a Assembleia Legislativa recebeu este ano cerca de R$ 647 mil para a biblioteca e R$ 180 mil para a escola legislativa. Para 2012, o orçamento da biblioteca é de R$ 1 milhão e R$ 300 mil para mantê-la. Você deve achar que sou louco de não achar isso legal. E você acha legal? E se eu contar pra você que essas bibliotecas existem só no papel?

Por sua vez, os deputados cobram transparência nos gastos e até reclamam que falta papel higiênico na Casa. Ou estão desviando os rolos, ou então…Deixa pra lá.

História de pescador, não senhor!

O governo adora uma bolsa. É Bolsa Família pra cá, é Bolsa Família pra lá.. E é Bolsa Pesca pra cá e pra lá sem o menor controle. Para que controle? Quem é que vai acreditar em história de pescador?


Começaram esse cadastro no 1º mandato do governo Lula, que foi “malfeito” (palavra-chave do governo Dilma) e que nem foi concluído.

E o tempo vai passando, o governo vai gastando e tudo vai ficando por isso mesmo. Só este ano, esse benefício irá consumir R$ 1,3 bilhão do orçamento da União. Para quem reclama todo dia que a conta não fecha, eles estão tranquilos demais da conta. Só falta termos a certeza de que estão deitados numa rede comendo um peixinho frito.

Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambiente fechado.
    
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