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Política
28/10/2011 - 06:14
Oito anos depois do escândalo dos garis laranjas a casa cai
Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado
Correio do Estado
Juiz federal Odilon de Oliveira concluiu ontem coleta dos depoitmentos de testemunhas
Juiz federal Odilon de Oliveira concluiu ontem coleta dos depoitmentos de testemunhas

Oito anos após o escândalo, a Justiça Federal de Campo Grande aceitou a denúncia e transformou em réu o principal responsável pelas maracutaias envolvendo a Engecap Construções Ltda. - empresa em nome dois garis e que firmou contratos milionários com a Prefeitura de Campo Grande entre 2001 e 2003 - o engenheiro Éolo Genovês Ferrari. Ele e o contador Clairton Herradon vão responder a processo judicial e podem ser condenados por sonegação fiscal de R$ 2,2 milhões (valor da época), falsidade ideológica e uso de documentos falsos por terem colocado a empreiteira em nome de laranjas, incluindo-se os garis e funcionários do município, Marcus Vinicius Brito e Paulo Isidoro Sobral.

Além deles, o juiz Odilon de Oliveira, da 3ª Vara Federal especializada em Crimes Contra o Sistema Financeiro e Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores, aceitou a denúncia - por não comunicar os saques de vultosas quantias pela empreiteira ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Banco Central - contra a gerente geral do Banco Rural em Campo Grande, Liliana Scaff Fonseca. Ela vai responder ao processo judicial com base no artigo 6º da Lei 7.492/86, conhecida como "Lei do Colarinho Branco".

Esta é a primeira denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) aceita pela Justiça Federal contra Ferrari desde a publicação do caso pelo Correio do Estado em 26 de agosto de 2003. Na época, a Engecap, empresa em nome dos dois garis, tinha R$ 11,6 milhões em contratos com a Prefeitura de Campo Grande. Entre as obras, destaca-se a obra de urbanização do fundo de vale do Córrego Bandeira e construção da Avenida Interlagos, na saída para São Paulo, avaliada em R$ 3,9 milhões.

Após a publicação do caso, o Ministério Público Federal instaurou procedimento para apurar o escândalo. A Polícia Federal começou a investigar o crime em 9 de fevereiro de 2005. O MPF denunciou cinco pessoas pelos crimes, mas Odilon de Oliveira absolveu sumariamente Geraldo Matias Alves e Robinson Roberto Ortega, porque cometeram delito menor, ao encaminhar os pedreiros e os garis ao cartório para assinarem os documentos em nome da empresa e outorgarem as procurações para Éolo Genovês Ferrari administrar os negócios.

O magistrado concluiu ontem à tarde a coleta dos depoimentos das testemunhas de acusação e defesa. Os interrogatórios dos três réus - o engenheiro, o contador e a gerente geral do Banco Rural - foram marcados para as 13h30 do dia 1º de dezembro deste ano.

"Dono"

Desde a sua fundação, no dia 12 de março de 2001, a Engecap foi criada em nome de laranjas. No entanto, conforme o juiz federal, Eolo Genovês Ferrari era "o verdadeiro dono da empresa". No início, ele colocou a empreiteira em nome de dois pedreiros, Mário Silva e seu sogro, Manoel Mendes Pereira, "pessoas com insignificante escolaridade e sem condições para tal". Dois anos depois, em 14 de janeiro de 2003, os dois "repassaram" a construtora para outros dois laranjas, os garis e funcionários da Prefeitura de Campo Grande, Marcus Vinicius Brito e Paulo Isidoro Sobral.

Após o caso ser publicado pelo Correio do Estado, a Receita Federal realizou uma devassa nas contas da empreiteira e constatou sonegação e crédito tributário de R$ 2.204.342,15, valor calculado em 2003. Na época, o então prefeito, André Puccinelli (PMDB), e o secretário municipal de Obras, Edson Giroto, curiosamente, negaram qualquer ligação com Ferrari e suspenderam todos os contratos da prefeitura com a Engecap: todos eram -- e ainda são -- amigos mais do que íntimos, de longa data.

Edivaldo Bitencourt

    
› Comentários
antonio em 28/10/2011 09:38
parabens doutor odilon
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