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Polícia |
13/11/2011 - 09:34 |
Após ocupação da Rocinha, 13 armas são apreendidas; foragido é capturado |
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Foto: Sergio Moraes/Reuters |
Folha Online |
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Helicóptero da polícia sobrevoa favela da Rocinha após a ocupação neste domingo Após as forças de segurança ocuparem a favela da Rocinha, na zona sul do Rio, 13 armas --12 fuzis e uma metralhadora-- foram apreendidas neste domingo. Um homem foi preso.
A ocupação da Rocinha e do Vidigal ocorreu durante a madrugada e não houve confronto. A situação é tranquila nas comunidades.
A Polícia Militar deve permanecer na Rocinha até a instalação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) --a 19ª do Rio. A favela é uma das maiores do Rio, e sua pacificação é considerada chave para a política de segurança da gestão de Sérgio Cabral (PMDB).
As armas apreendidas na favela foram encontradas Bope (Policiais do Batalhão de Operações Especiais) e estavam enterradas na mata, no alto da comunidade. Uma granada também foi apreendida.
Na ação, policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense prenderam Igor Tomás da Silva, 29, foragido do presídio Bangu 8. Contra ele havia dois mandados de prisão, expedidos pela Justiça, pelo crime de roubo à mão armada.
Segundo a polícia, Igor estava visivelmente drogado. Ele foi preso saindo da Rocinha por um dos principais acessos em uma moto, conduzida por um homem. Ele seria levado para o hospital de campanha da comunidade.
O rapaz foi atendido na ambulância do Corpo de Bombeiros e encaminhado para a 14ª DP (Leblon), onde foi constatado que ele estava foragido desde 2004 do sistema penitenciário.
AGRADECIMENTO
Os acessos à Rocinha foram bloqueados por volta das 2h30, e a polícia começou a ocupar a favela por volta das 4h. O chefe do Estado Maior da Polícia Militar do Rio, coronel Pinheiro Neto, afirmou que foram ocupadas as favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu. Segundo ele, a situação estava sob domínio da polícia às 6h. Não houve disparos de tiros.
Cabral ligou para a presidente Dilma Rousseff na manhã deste domingo para agradecer o apoio federal na ocupação da favela da Rocinha, na zona sul do Rio.
O governo disponibilizou 160 policiais federais, 194 fuzileiros navais, 46 policiais rodoviários federais, além de 18 blindados da Marinha.
NEM
Na quarta-feira passada, foi preso Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, 35, apontado como chefe do tráfico na Rocinha.
O governo quer saber quem seriam os policiais que, segundo Nem disse em depoimento informal à Polícia Federal, recebiam propina de cerca de R$ 500 mil por mês.
"Espero que essa pessoa revele o que ela sabe tanto em relação a desvios de conduta de agentes públicos, quanto na arquitetura do tráfico", disse o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.
O traficante disse que faturava, em média, R$ 1 milhão por mês com o tráfico e que metade era distribuída para policiais. Ele não deu nomes.
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