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Política |
24/11/2011 - 09:54 |
Após expor suposto esquema no Parque dos Poderes e perder eleição, Ary Rigo é cassado |
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Foto: Divulgação |
Midiamax |
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Um ano após ser o pivô do maior escândalo de corrupção em Mato Grosso do Sul, quando explicou em vídeo como funcionaria um suposto esquema de desvio de dinheiro público envolvendo o governador André Puccinelli (PMDB) e diversas outras autoridades, o ex-deputado Ary Rigo foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e perdeu o cargo de suplente.
A decisão foi tomada a pedido da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE). Rigo, que após o escândalo da Operação Uragano foi execrado pelos correligionários e perdeu a reeleição após seis mandatos consecutivos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, foi condenado por realizar saques irregulares de dinheiro da conta específica de campanha.
A informação é do Ministério Público Federal em MS.
Segundo a Procuradoria Regional Eleitoral em Mato Grosso do Sul, Rigo, que agora era suplente de deputado estadual, teve o diploma cassado por unanimidade. As investigações apontam, segundo a PRE, que o então candidato não conseguiu comprovar a destinação de R$ 27.400 reais.
A legislação eleitoral impõe que os gastos eleitorais sejam feitos por cheque nominal ou transferência bancária durante as campanhas. O ex-deputado Ary Rigo explicou no processo que, mesmo sacando o dinheiro sem essas formalidades, teria utilizado os valores para pagar cabos eleitorais.
Porém, ao tentar provar a justificativa, acabou juntando documentos que indicaram a utilização de recursos de terceiros para financiamento de sua campanha, o que não também não é permitido.
Sem chances de voltar
Com a decisão, à qual cabe recurso, eliminam-se as chances de Ary Rigo voltar para a Assembleia Legislativa. A expectativa do retorno aumentou com a proximidade das eleições municipais do próximo ano e a tendência de parlamentares eleitos disputarem prefeituras nos municípios de origem.
Logo após o vazamento do vídeo com as explicações de Rigo sobre como dinheiro público seria dividido entre autoridades sul-mato-grossenses, o então deputado e candidato à reeleição desmentiu as declarações e chegou a ser processado por companheiros que citou. Prosseguem investigações sobre o episódio. (Com informações do MPF-MS) |
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