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Política |
30/11/2011 - 04:39 |
PMDB assedia e pode desmontar PR no Estado |
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Foto: Divulgação |
Correio do Estado |
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Senador, Antonio Russo. O PMDB está desmontando o PR no Brasil com assédio sobre os seus parlamentares. Em Mato Grosso do Sul, os republicanos perderam o único deputado federal que elegeram, Edson Giroto, e agora podem ficar, também, sem o único senador, Antonio Russo. Este ano, ele assumiu vaga no Senado deixada por Marisa Serrano (PSDB), que trocou o Congresso Nacional por cargo vitalício de conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Com as investidas do PMDB, o PR de Mato Grosso do Sul voltará a ter apenas os mesmos três deputados estaduais — Londres Machado, Antônio Carlos Arroyo e Paulo Corrêa. Giroto voltou ao PMDB a pedido do governador André Puccinelli (PMDB) para concorrer a Prefeitura de Campo Grande, em 2012. As negociações foram feitas diretamente com o comando nacional do PR.
Para tirar Russo do partido, as articulações nos bastidores estão sendo conduzidas pelo líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL). Ele tenta repor as perdas na bancada depois das decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), que mandou afastar os senadores Wilson Santiago (PMDB-PB) e Gilvam Borges (PMDB-AP) para dar posse, respectivamente, a Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e João Capiberibe (PSB-AP). O tucano e o socialista beneficiaram-se da decisão do Supremo que considerou a Lei da Ficha Limpa inaplicável às eleições de 2010.
Depois de perder dois aliados a políticos inicialmente barrados pela Justiça Eleitoral, Renan anunciou a reposição de um dos quadros e negocia a filiação de mais dois. A primeira conquista foi a adesão do senador Clésio Andrade (MG), que trocou o PR pelo PMDB. Agora, Renan mira em Blairo Maggi (MT) e Antonio Russo (MS). Maggi confirmou ao jornal O Estado de S. Paulo sua disposição de se mudar para o PMDB, seu "partido do coração", mas ressalvou que é um projeto de longo prazo.
Renan movimenta-se para continuar à frente da bancada mais forte do Senado. Mas a liderança do PMDB é apenas a primeira etapa de um projeto maior: retomar a presidência do Senado, à qual renunciou em 2007 para não perder o mandato. O problema é que a bancada vem perdendo fôlego: começou o ano com 21 senadores e terminará com 17.
Enquanto os reforços não chegam, Renan se movimenta, internamente, para arregimentar "renanzistas". Ele começou o ano estremecido no cargo pela formação do G-8, grupo de oito peemedebistas independentes que não aceitaram se submeter, automaticamente, à sua liderança. Para diluir a força dos inconfidentes, o líder os afaga com benesses. Há duas semanas, Renan elegeu sem dificuldades Waldemir Moka (PMDB-MS) para a segunda vice-presidência do Senado, vaga aberta com a saída de Wilson Santiago.
Em outra frente, o PMDB divulgou uma nota apelando ao STF que agilize o julgamento de dois peemedebistas barrados pela Ficha Limpa e que reivindicam o mandato: Jader Barbalho (PA) e Marcelo Miranda (TO).
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