Plenário do júri Os jurados absolveram nesta terça-feira (06) o réu Marcelo Garcia de Souza, 28 anos acusado de homicídio qualificado contra Marcos André da Silva que a época tinha 24 anos de idade. A sessão teve inicio por volta de 09h30 depois que o promotor de justiça, George Cássio Abbud foi até a casa da testemunha Joel Ferreira da Silva, irmão da vítima buscá-lo para depor no plenário. O corpo de jurados foi formado por três mulheres e quatro homens.
O promotor George Cássio defendeu a condenação do réu por homicídio duplamente qualificado. A advogada Renatta Silva Venturini trabalhou na defesa do acusado e defendeu a negativa de autoria uma vez que o réu negou ter participado do espancamento. A advogada trabalhou para auxiliar a denfensora Débora Maria Paulino que está assoberbada de trabalho e respondendo pela defensoria de Chapadão do Sul.
Houve o embate entre promotoria e defesa, mas advogada conseguiu convencer os jurados que o réu não havia participado da sessão de espancamentos.
Joel chegou ao fórum afirmando que não iria depor, “não vou falar nada, o outro já está solto, o juiz faça o quiser com ele”. Ele se referia ao outro acusado do crime João Guerreiro Branco, (Guerreiro) já condenado a sete anos de reclusão, porém cumpriu só sete meses e foi posto em liberdade. A testemunha foi ouvida e disse conhecer o acusado como sendo um dos autores do espancamento do seu irmão.
O réu negou participação e disse que estava junto no momento do espancamento, mas não participou das agressões. Quando foi a júri Guerreiro assumiu que seria ele o autor do espancamento.
A sentença foi lida por volta de 17h30 pelo magistrado. A irmã da vítima que acompanha o júri no plenário se retirou do local antes da leitura da sentença, “acredito que não será feito justiça” disse ela.
Marcelo disse ao Hora da Notícia que é pai de dois filhos. “agora quero trabalhar, o crime não compensa, eu estava com a pessoa errada no lugar errado”, reconheceu.
Homenagem:
O juiz Luiz Alberto de Moura Filho, que foi titular da 2ª vara na comarca foi transferido para a comarca da cidade de Jardim/MS. Ele visitou o plenário durante o júri e foi homenageado pelo magistrado que presidia o júri. “Jardim terá um grande juiz”, disse. O juiz Walter foi além é complementou: “ele me recebeu muito bem em Costa Rica, é um amigo que conquistei”, afirmou.
O crime:
O crime ocorreu por volta das 03 horas do dia 10 de outubro de 2009 quando o acusado acompanhado de João Guerreiro Branco, (Guerreiro) espancaram violentamente Marcos André da Silva que a época tinha 24 anos de idade.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual, a vítima foi socorrida para a Fundação Hospitalar e encaminhado para Camp Grande onde faleceu no dia seguinte. De acordo com o laudo médico ele foi vítima de “traumatismo craniano encefálico”, provocado por ação contundente. Em seu depoimento Marcelo teria afirmado que os espancamentos foram no "braço e na bicuda".
Segundo ainda a denúncia Guerreiro estaria magoado com Marcos em razão do mesmo ter suspendido o fornecimento de um cigarro de maconha para seu irmão, Joel Ferreira da Silva. Consta ainda que a vítima teria feito comentários desagradáveis a respeito de Guerreiro, o que teria desencadeado o espancamento.
Guerreiro foi a júri popular no dia 14 de setembro de 2.010, recebeu a condenação pelo crime de lesão corporal seguida de morte.
Marcelo acompanhado de outros cinco criminosos fugiram da cadeia de Costa Rica no dia 29 de janeiro de 2.010. Ele foi recapturado no dia 02 de setembro último no município de Figueirão, distante cerca de 70 KM de Costa Rica pela Polícia Militar. Hora da Notícia |