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O júri popular condenou Cristian Rafael Celestino de Moraes, 22 anos conhecido pelo apelido de "Sorriso", nesta terça-feira (13) a 14 anos de reclusão na comarca de Costa Rica. Ele foi acusado de matar com golpes de faca o colega de trabalho, Cicero Joaquim da Ora, 59 anos no dia 11 de maio último por volta das 05 horas no Distrito de Paraíso das Águas. O júri iniciou por volta das 8h30, cinco pessoas foram ouvidas como testemunhas.

O juiz 1ª vara, Walter Arthur Alge Neto presidiu a sessão e leu a sentença por volta das 17 horas. A Defensora Pública, Débora Maria de Souza Paulino defendeu a tese de homicídio privilegiado: quando a pessoa é tomada por forte emoção.

Já o promotor de justiça George Cássio Abbud defendeu a condenação do réu por homicídio qualificado: motivo surpresa e por ter dificultado a defesa da vítima. Durante o interrogatório na presença do juiz Celestino negou a autoria do crime.

O corpo de sentença foi formado por cinco homens e uma mulher. Os debates entre promotoria e defesa foram acirrados, com direito a replica e tréplica. O promotor fez a leitura dos antecedentes de supostos crimes do réu. A defensora pediu que constasse na ata.
A família do réu acompanhou a sessão do júri. A mãe disse ao Hora da Noticia que já esperava pela condenação. Ele é casado e pai de dois filhos. Por enquanto ele permanece preso nas celas da delegacia de Costa Rica podendo ser transferido para um presídio no estado.

O juiz finalizou argumentando que esse foi um caso de grande repercussão na pequena cidade de Paraíso.

A defensora Débora informou ao Hora da Notícia que possivelmente irá recorrer da sentença.

O crime:

Os dois se dirigiam para o trabalho na manutenção e limpeza das laterais da rodovia, eles estavam na carroceria de um caminhão quando começaram a discutir o que levou o chefe a pedir para que eles saíssem da carroceria do carro, porém continuaram a discutir na Avenida principal, em dado momento o acusado sacou de uma faca e começou a desferir golpes contra a vítima. Cicero caiu sobre o meio fio da Avenida principal do Distrito e veio a óbito.

O crime foi motivado por uma discussão fútil entre os dois nos dias que antecederam o crime, conforme informou a viúva da vítima. A arma do crime nunca foi encontrada.

Ele se apresentou ao delegado de Costa Rica, Cleverson Alves dos Santos que se encontrava na delegacia de Chapadão do Sul uma vez que estava substituindo o titular daquela delegacia. Sorriso foi preso em flagrante e levado para Costa Rica.

Cícero era bastante conhecido e gozava de bom conceito no Distrito. Ele deixou a esposa grávida, um filho menor de idade e outros três filhos adultos.

Hora da Notícia