Contratar medalhões só se eles estiverem na ponta dos cascos e ainda em condições de dar lucro numa futura revenda. Essa é a política que Mário Gobbi e Luís Paulo Rosenberg, novos presidente e vice do Corinthians, defendem.
A dupla não via com bons olhos o retorno de Tevez, desejado por muitos no Parque São Jorge. Agora as portas do clube devem se fechar de vez para o argentino, a menos que o presidente ceda a pressões, o que não combina com o delegado.
Numa demonstração de independência, ele deve destacar um funcionário para controlar o fluxo de conselheiros e sócios em sua sala. Segundo aliados do dirigente, a ideia é dificultar o trânsito de amigos do ex-presidente Andrés Sanchez que tinham livre acesso ao gabinete.
A vitória de Gobbi representa também a entrada no Conselho Deliberativo do ex-jogador Neto, atualmente comentarista, e do deputado federal Vicente Cândido, relator da Lei Geral da Copa. Ambos foram eleitos como conselheiros na chapa de 200 nomes, que traz de volta ao órgão Adilson Monteiro Alves, cartola que foi um dos expoentes da Democracia Corintiana, nos anos 80.
Dos três novos integrantes do Conselho, Neto é o principal candidato a alvo da oposição. Os opositores cobram que o ex-meia deixe de comentar sobre o Corinthians, alegando conflito de interesses.
Os oposicionistas duvidam que Gobbi falará a mesma língua de Andrés Sanchez por muito tempo. Na situação, também há quem pense assim. Historicamente, o alvinegro é marcado por presidentes que se rebelaram contra seus antecessores após serem conduzidos ao cargo por eles. |