Presidente regional do partido, Esacheu Nascimento O PMDB vai trabalhar para sair vitorioso das urnas na maior quantidade possível de municípios brasileiros para virar o jogo eleitoral e deixar de ser coadjuvante em 2014. Segundo o presidente regional do partido, Esacheu Nascimento, o plano da ala majoritária da sigla é lançar candidato a presidente na corrida pela sucessão de Dilma Rousseff (PT).
“Qual é a vantagem de ter um vice?, questionou Esacheu. Segundo ele, de cada 100 cargos comissionados no governo federal, apenas 2% são ocupados por peemedebistas. “Se comparado à gestão do presidente Lula, perdemos cinco ministérios”, acrescentou. “Apenas uma pequena cúpula se beneficia da aliança com o PT. A ala majoritária não tem acesso ao governo”, concluiu.
Para se manter no comando, Esacheu acredita que a estratégia do PT é a desconstruir o PMDB nas eleições municipais. “Quem vencer em 2012 vai ditar as regras em 2014”, ponderou o dirigente peemedebista.
No caso de o partido sair vitorioso da batalha com o PT, ele vê claramente a possibilidade de o PMDB deixar de lado o papel de coadjuvante e assumir a cabeça de chapa na eleição presidencial de 2014. “Não podemos nos acomodar”, comentou.
Indagado sobre a tradição de o PMDB ser protagonista nos municípios e coadjuvante na esfera federal, Esacheu destacou a necessidade de o partido copiar estratégia petista. “Temos que fazer igual o PT: encontrar um nome para concorrer na eleição nos unir em torno dele e divulgá-lo, assim como o presidente Lula fez com a Dilma”, afirmou.
Sucessão estadual
As eleições municipais também irão repercutir nas disputa estadual. Quem sair mais fortalecido das urnas em 2012, ditará as regras na corrida pela sucessão do governador André Puccinelli (PMDB). Hoje em Mato Grosso do Sul, estão de olho no governo o senador Delcídio do Amaral (PT) e o prefeito Nelsinho Trad (PMDB). Lidiane Kober |