A Secretaria de Segurança Pública de Goiás confirmou que o helicóptero da Policia Civil, que caiu no último dia 8, não passou pela revisão exigida após 300 horas de voo. A informação havia sido divulgada um dia depois do acidente pela própria Secretaria.
“As cadernetas de revisão estão vazias”, disse o secretário de Segurança João Furtado Neto. “A empresa não realizou a manutenção porque foi informada, no dia 4, pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que estava suspensa” De acordo com Furtado Neto, o helicóptero foi retirado da empresa sem que a manutenção tivesse sido sequer iniciada. Segundo o secretário, foi feita apenas uma troca de óleo na aeronave antes que fosse retirada do galpão de manutenção.
O documento que nega a realização da revisão foi expedido e assinado pela Fênix Manutenção e Recuperação de Aeronaves Ltda, empresa contratada pela Secretaria.
Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a empresa teve suas atividades suspensas no dia 2 de maio.
Além do helicóptero da Polícia Civil, a empresa também deveria cuidar de outras duas aeronaves do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar. As duas estão paradas à espera de revisão do fabricante.
Na queda da aeronave, morreram sete policiais e Aparecido Sousa Alves, 22, acusado de degolar sete pessoas em uma fazenda em Doverlândia (GO), no último dia 28. O acidente ocorreu quando eles voltavam de uma reconstituição do crime.
O acidente aconteceu na zona rural, a 25 km do município da Piranhas, na região de Doverlândia, quando a aeronave retornava para a capital.
Não chovia no momento. Na queda, o helicóptero modelo AW 119 Koala explodiu e caiu na fazenda Afonso Junqueira, no bairro Indaiá, por volta das 15h40. Segundo relato de peões da região, a aeronave teria rodopiado. Logo após a queda, houve a explosão.
*Com informações da Agência Estado |