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01/06/2012 - 18:34
Acusado de matar a esposa estrangulada para não pagar pensão foi condenado a 15 anos de reclusão
Hora da Notícia

O homem acusado de matar “estrangulada” a própria esposa, Célia Maria de Paulo foi julgado nesta sexta-feira (01) e condenado a 15 anos de reclusão em regime fechado e dez dias multa por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O corpo de jurados que condenou o réu, Ronair Luís de Paula, 35 anos foi composto por 04 homens e 03 mulheres, quatro testemunhas foram ouvidas e por volta das 16h o juiz presidente do júri, Walter Arthur Alge Netto leu a sentença.

O advogado Lourival Marcolino Claro, o “Xá” trabalhou na defesa do réu e sustentou a teses que ele estava sendo ameaçado, uma vez que a vítima ameaçava tornar público a opção sexual do réu.

Já o promotor de justiça, George Cássio Abbud sustentou a tese que o crime foi praticado com a finalidade de o réu se livrar do pagamento de pensão alimentícia que a vítima pretendia reivindicar judicialmente, uma vez que a vítima se preparava para ingressar com ação de investigação de paternidade da filha do casal de 15 anos.

O advogado Xá informou ao Hora da Notícia que não irá interpor recurso visando diminuir a pena. Ele está preso na cadeia pública de Costa Rica desde o dia 14, de Maio de 2011.

A família do réu assistiu à sessão no plenário do Tribunal do Júri. Uma sobrinha dele disse ao Hora da Notícia que Ronair reconheceu a paternidade da filha logo depois que a mulher foi assinada. A sobrinha revelou também que a filha está morando em uma cidade do Mato Grosso e já manifestou a vontade de vir à Costa Rica para conversar com o pai. Segundo a sobrinha a adolescente disse não guardar magoa do pai.

O promotor destacou o trabalho do delegado de polícia Cleverson Alves dos Santos que acompanha a sessão e destacou a competência do policial e da sua equipe na elucidação de crimes. “E um orgulho ter um profissional desse quilate”, disse George Cássio.

Os acadêmicos do curso de administração da Faculdade de Costa Rica (Fecra) assistiram ao júri.

O crime:

O crime aconteceu no dia 10 de maio de 2.011, Célia tina na época 35 anos. Os motivos alegados pelo acusado para matar a companheira foi para evitar o pagamento de pensão alimentícia uma vez que os dois tinham em comum a filha de 15 anos de idade. A esposa havia procurado a defensoria pública para ajuizar uma ação de investigação de paternidade com o objetivo de requere a pensão.

De acordo com o depoimento de Ronair o relacionamento do casal passou a ser permeado por brigas e discussão, segundo ele havia determinado que Célia saísse de sua casa. Foi quando ela informou a ele que havia procurado a defensoria pública para ajuizar uma ação de investigação de paternidade da filha para pedir o pagamento de pensão alimentícia.

No dia do crime (10 de maio) Célia tinha audiência marcada no Fórum da Comarca para tratar de assunto referente à ação de investigação de paternidade com o objetivo de requere a pensão.

O acusado contou que no dia do crime ela o agrediu, ele a empurrou contra a parede da casa onde moravam, em seguida ele a jogou no chão, subiu em cima e colocou as duas mãos sobre o pescoço e a “estrangulou”. Nesse momento segundo ele a mulher conseguiu provocar arranhões no seu pescoço. Ainda de acordo com ele toda a cena do crime ocorreu no corredor da residência localizada na rua Amazonas, no bairro Sonho Meu II.

Em seguida após ter matado a mulher ele arrastou o corpo pelos braços e colocou no porta-malas do veículo Siena placa HSY 9825 que ele já havia colocado na garagem da casa.

Segundo ele matou para não pagar pensão à filha, “eu queria largar dela, mas ela não queria sair de casa”, disse.

Depois de se livrar do corpo na plantação de algodão, já na volta para a cidade de Costa Rica o autor ao passar pelo posto de combustível que fica localizado na rotatória em Chapadão do Sul, jogou fora os dois chips do telefone celular e os chinelos da vítima. Ainda na volta na rodovia MS 306, a uns 40 km de Costa Rica ele jogou a bolsa usada por ela na lateral da rodovia.

Retornou á residência e colocou todos os documentos pessoais da mulher em uma bacia, queimou e jogou as cinzas no fundo do quintal.

Tomou banho e se dirigiu a uma agência bancaria, sacou uma determinada quantia em dinheiro da conta da vítima e depositou em sua conta pessoal.



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