Quem está de olhos bem abertos ao mercado já percebeu que as carreiras digitais estão em alta. E, consequentemente, dispararam as buscas por cursos de profissionalização para áreas correlatas. E tem emprego sobrando no mercado para esse tipo de profissional.

 

A Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Abrat) informa que o déficit de trabalhadores com esse perfil pode chegar a 260 mil até 2024. Já estudo anual sobre o mercado de software basileiro, divulgado pela Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) mostra que as comercializações brasileiras giraram em torno de US$ 45,7 bilhões no ano passado, ficando em décimo lugar no ranking das economias de tecnologia globais.

 

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Diante desse cenário, a hora é agora para investir em uma carreira dessa área.

 

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Como começar uma carreira digital

A melhor forma de investir em uma carreira digital é fazer um curso que tenha relação com as áreas de design, marketing, programação e venda. A Gama Academy, escola que seleciona talentos e forma profissionais para o mercado digital, informa que na comparação entre o último trimestre de 2021 contra o 1º trimestre de 2022, a adesão de novos alunos por esses cursos aumentou: só para a área tech, o salto foi de 598% (10.442 pessoas). Para design o aumento foi de 276%.

 

“As pessoas estão passando por uma ressignificação do trabalho, elas estão pensando no que fazem e porquê fazem; ou seja, no sentido que isso tem”, diz Guilherme Junqueira, CEO e fundador da Gama Academy. “Junto disso, também avaliam a remuneração: elas buscam locais e setores que as remunerem de acordo com aquilo que esperam e um sentimento de pertencimento nesses novos locais ou áreas.”

 

E não faltam exemplos de quem deu essa guinada e está muito satisfeito. É o caso de Guilherme Martins, 27 anos, que trabalhava com operações de cafés e restaurantes e apostou em um curso direcionado à tecnologia. 

 

“Era um sonho poder fazer uma transição para as áreas digitais. Para me ajudar nisso, procurei o curso de XP da Gama Academy, fiz toda a ambientação de como atuar na área e com cerca de quatro meses, um pouco antes de finalizar o curso, me candidatei para uma vaga no LinkedIn para Product Designer. Para minha surpresa eu passei no processo seletivo e hoje, sou Product Designer na PicPay”, comenta ele.

 

Como melhorar seu currículo pro mercado digital

Se você ainda não está no mercado de tecnologia, não se preocupe, a transição não é traumática ― mas exige empenho. E as primeiras dicas quem dá é o próprio especialista, que alerta: invista no seu currículo.

 

“Deixe claro os seus objetivos profissionais, isso passa uma impressão melhor aos recrutadores, que o veem como alguém decidido, que soube fazer uma escolha. Além disso, jamais deixe de pesquisar a fundo o trabalho das empresas que você se candidata. É importante fazer uma análise honesta de quais são os pontos fortes e fracos, qual é o estilo e o perfil de trabalho e em que circunstâncias você rende mais profissionalmente, o que é importante aprimorar, quais são os grandes aprendizados e as vantagens que você tem a oferecer às empresas”, diz Guilherme Junqueira.

 

“Ter esses elementos consolidados na cabeça é essencial para que você entre nos processos seletivos ciente do que você pode oferecer, o que torna mais fácil o contato com a empresa e a sua apresentação para elas.”

 

Também é importante considerar que nos currículos online você deve usar as técnicas básicas para ser achado por mecanismos de busca. 

 

“É importante que o profissional utilize palavras-chave em seu currículo, pois sites como LinkedIn usam IA para encontrar perfis específicos para vagas. Além disso, também pode ser um diferencial atrelar um projeto ao seu currículo como um portfólio e destacar conquistas profissionais”, diz Renan Conde, diretor de vendas da Factorial, solução de gestão de Recursos Humanos e Departamento Pessoal.